terça-feira, 7 de junho de 2011

Tecnologia não importa mais, negócios são o alvo, diz Gartner




:: Fábio Barros
:: Convergência Digital :: 07/06/2011

Para CIOs e executivos de tecnologia que esperavam conhecer novas tecnologias para implementar em suas empresas, a abertura da Conferência Gartner Outsourcing 2011, que acontece nos dias 7 e 8, em São Paulo, foi decepcionante. A tônica da abertura, comandada por Linda Cohen, vice-presidente e chefe de pesquisa, e Cássio Dreyfuss, chairman do evento, foi: deixem a tecnologia de lado e dirijam seu foco ao negócio.

O conselho não foi dado à toa. A nova abordagem sugerida às áreas de TI é fruto da própria evolução da tecnologia e do surgimento de novos paradigmas, como a computação em nuvem, consumerização etc. De acordo com Linda Cohen, este novo ambiente vai levar a mudanças tanto do lado dos provedores, quanto das empresas. Estas precisarão mudar seus processos de escolha de fornecedores que, por sua vez, estão mudando seus modelos de entrega.

“O que vem por aí é a Easy IT, onde o acesso aos serviços tem que ser simplificados ao máximo”, afirma a executiva do Gartner. Este novo cenário, de acordo com a analista, é provocado oito novas tendências:

1 – agora, todo negócio é global, e deve ser pensado como tal;
2 – a consumerização fará com que clientes e usuários definam como será a arquitetura de TI das companhias;
3 – Cloud computing é o futuro e é o momento de as empresas entenderem como vão usá-lo;
4 – Segurança e privacidade passam a ser problemas de todos;
5 – a componentização é uma tendência. Componentes padronizados permitirão criar mais e mais aplicativos customizados;
6 – o excesso de competição tem feito surgir fornecedores que operam abaixo de suas linhas de custo. É um risco para o mercado e os clientes;
7 – fornecedores estão se associando a outros para aprimorar suas ofertas, criando cadeias de valor de serviços;
8 – o mercado tende a se verticalizar ao máximo. A junção de inovação com especialização tende a criar mais valor diferenciado.

Para Linda, estas são as oito grandes forças que estão mudando o mercado e, por conta delas, algumas práticas comuns às áreas de TI devem mudar também. “Por exemplo, a tecnologia tende a se externalizar. As companhias terão mais estruturas fora de casa do que dentro”, diz.

Na mesma linha, os ativos de TI também deve ser reduzidos e comprar passará a ser a última alternativa. Na prática, as áreas de TI deverão trocar a construção de estruturas pela compra de serviços, o gerenciamento de TI pelo gerenciamento de serviços e a entrega de performance pela entrega de valor de negócios.]

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=26548&sid=5

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