segunda-feira, 11 de julho de 2011

Qual a diferença dos sites de compras coletivas brasileiros e americanos


As diferenças entre os sites de compras coletivas brasileiros e americanosO sites de compras coletivas foram inspirados nos seus parentes americanos, mas no Brasil o formato de sistemas de compras coletivas adotou alguns formatos diferentes. Vejamos então as principais diferenças entre os sites americanos e os sites de desconto brasileiros:

1 – A alta taxa de lucro praticada no Brasil

Enquanto em países desenvolvidos, a taxa de lucro varia de 5% a 10% e qualquer coisa acima de 10% é uma exorbitância, no Brasil, utilizando uma expressão popular, ninguém sai de casa por menos que 30%. Essa fator permite às empresas realizar as promoções para atrair clientes. Inclusive, em alguns casos, quando uma empresa faz uma promoção, se o cliente entrar em contato direto com a empresa, ela faz o mesmo desconto sem precisar que a compra seja feita pelo site de compras coletivas.

2 – A forma de remuneração é diferenciada

Não se compra recebíveis futuros, mas vende-se a campanha pela Internet. Em outras palavras, o site procura a empresa e juntos elaboram uma promoção. A empresa informa que o produto que custa X na verdade pode ser comercializado pela metade do preço, por exemplo. O site de compra coletiva coloca seu percentual em cima, digamos, 20%, e o produto acaba sendo comercializado por 60% do seu valor normal (gerando a idéia do desconto, que na verdade seria o preço justo do produto, com a margem de lucro de 5% a 10% da empresa, a comissão do site de compra e descontado os custos com publicidade.

3 – O ponto anterior nos remete ao próximo ponto

O custo publicitário. O custo para as empresas aderirem à promoção é nulo. Na verdade, o custo vai ser retirado das vendas diretas. Alguns sites, inclusive vendem o produto por um valor X, sendo que uma parte, Y é paga já no site, e o restante é pago à empresa, quando do consumo do produto. Em comparação com os gastos com publicidade em mídias tradicionais e os resultados obtidos, o sistema é super vantajoso.

4 – Outro diferencial é o estímulo à aquisição de outro produto-serviço

Como exemplo, vou citar as clínicas de estética e os restaurantes, certamente os maiores anunciantes do sistema. As clínicas de estética quando ofertam um serviço, normalmente ele vem incompleto. Por exemplo, o tratamento X é vendido por um valor com direito a 5 sessões, porém, o indicado é a realização de pelo menos 10 sessões. O consumidor compra as 5 sessões para experimentar o tratamento. É sabido que nesses tratamentos os primeiros resultados são os mais evidentes e rápidos, porém menos duradouros. O consumidor se empolga com os resultados e negocia com a própria clínica mais sessões, em valores intermediários entre o preço de tabela e o preço da promoção de compra coletiva. O mesmo acontece com restaurantes. Em sua oferta ele oferece, por exemplo, um prato especial pela metade ou até menos que o preço normal do cardápio, porém, sem mais nada. O consumidor adquire o prato empolgado, pois um restaurante onde o prato principal para o casal custaria 200 reais, por exemplo, está sendo vendido por 90 reais. Ao consumir o prato, o cliente aproveita que está economizando no prato principal e então pede sobremesa e também bebida, e nesse ponto o restaurante fatura.

5 – As promoções também são baseadas nos produtos-serviços de menor demanda ou com excedentes

Os restaurantes, por exemplo, com a alta da carne apresentada no final do ano passado, e a queda do preço dos frutos do mar, fizeram diversas promoções com frutos do mar. Ou então a promoção só é válida para determinados dias e horários. No caso dos restaurantes, a própria promoção já informa que o cupom só é válido para almoço ou jantar, em determinados dias. Dificilmente as promoções são para os finais de semana, dias em que os restaurantes tem o seu maior fluxo de clientes. O normal é que as promoções sejam válidas para jantar na terça ou quarta ou almoço de segunda a quinta. No caso das clínicas de estéticas, o período não é sequer informado, mas o consumidor da promoção nunca vai conseguir agender horário para seu atendimento para o final da tarde começo da noite e nem para o início da manhã, horários de maior fluxo de pessoas para os tratamentos, pois são os períodos que antecedem a jornada de trabalho comum.

6 – Finalmente, o último aspecto a se considerar é a otimização de custos

Qualquer estabelecimento comercial possui custos fixos que independem do fluxo de clientes. Aluguel, parte da taxa de luz, parte da taxa de água, IPTU, parte dos custos de salários. Em outras palavras, qualquer estabelecimento, ao abrir as portas possui um custo inicial independente de ter clientes ou não. A representatividade desse custo pode variar de quase nada até quase tudo de acordo com a quantidade de clientes. Exemplificadamente, um restaurante com capacidade para 100 pessoas estima que de terça a quinta terá uma média de 30 clientes por dia, na sexta essa média será de 70 clientes, no sábado 100 e no domingo 80 clientes. Veja que só no sábado o restaurante tem mais clientes que na soma de terça, quarta e quinta. Apesar de terça a quinta serem de menor fluxo, não vale a pena o restaurante não abrir, pois esses dias aumentam a distribuição dos custos fixos do restaurante e ainda permitem a realização do revezamento das folgas dos funcionários. Se na sexta, sábado e domingo o restaurante precisa, por exemplo de todos os seus garçons trabalhando, de terça a quinta ele pode operar com um terço dos garçons e o restante pode folgar sem problemas. Qual a solução? Antes dos sites de compra os restaurante já faziam promoções nesses dias de menor fluxo, mas os resultados não eram bons porque faltava divulgação. Os sites de compra conseguiram fazer essa divulgação. Veja que isso já é adotado pelos cinemas. Sessões durante a semana são mais baratas que no final de semana, e em alguns dias chega a custar menos de 25% do valor do final de semana. Sessões à tarde e no primeiro horário são mais baratas que sessões à noite.

Fonte: Blog do Luis Nassif

Minha Fonte: http://www.blogdoecommerce.com.br/formato-dos-sites-de-compras-coletivas/

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