sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os livros de gestão mais influentes

A revista americana "Time" selecionou as obras que revolucionaram a maneira de fazer negócios nas últimas décadas. Já leu todas?

Por Elisa Campos
 Shutterstock

A gestão e a administração dos negócios são temas de inúmeros lançamentos de livros todos os anos - na verdade, todos os meses. Embora a maior parte traga pouco de novo, de tempos em tempos surge uma obra iluminada, que efetivamente influencia a maneira de se administrar as empresas. É na capacidade de identificar tendências, enxergar o que pouco depois pareceria óbvio e antecipar mudanças que os pensadores dos negócios se detacam. A revista americana "Time" fez uma seleção dos mais importantes livros do gênero nas últimas décadas. Você já leu algum? Ou, melhor ainda, sabe se seu concorrente já leu? Confira abaixo os escolhidos:

The Age of Unreason (1989), de Charles Handy
A Era da Irracionalidade

Handy, então um professor visitante da London Business School, descreve na obra as dramáticas mudanças que estavam ocorrendo no cotidiano e no ambiente de trabalho no final da década de 80. As novas tecnologias e a diminuição dos postos de trabalho de período integral, entre outros, fizeram com que fosse necessário abandonar as velhas regras e experimentar novas maneiras de trabalhar uns com os outros. O livro do professor só cresceu em importância nas décadas seguintes à sua publicação. A ascensão da internet, o crescimento da terceirização e a explosão das redes sociais provaram que sua interpretação dos fatos estava incrivelmente precisa

Reprodução Internet
Reprodução Internet

Built to Last: Sucessful Habits of Visionary Companies (1994), de Jim Collins e Jerry PorrasFeitas para durar – Práticas bem-sucedidas de empresas visionárias

Essa pesquisa seminal com 18 companhias visionárias, como Disney, 3M e Sony tenta revelar as práticas que levaram essas companhias a se destacar. Os professores de negócios de Stanford, Jerry Porras e Jim Collins, descobriram que, ao contrário do senso comum, as empresas mais bem-sucedidas não são lideradas por presidentes extraordinários. Ao contrário, o que elas têm em comum é uma forte cultura corporativa. Em outras palavras, contratam profissionais brilhantes e permitem seu desenvolvimento. Hoje, pode parecer óbvio, mas nos anos 90 deixou muita gente de cabelo em pé

Competing for the Future (1996), de Gary Hamel e C.K. Prahalad
Competindo pelo Futuro

Neste livro, Hamel e Prahalad propõem um conceito mais amplo para a definição de estratégia de negócios – uma redefinição que desde então se consolidou como a mais aceita. Eles mostram como o planejamento estratégico é necessário a todo tempo, não apenas durante pequenos intervalos nos negócios regulares da empresa. Entre os ensinamentos chave do livro está a necessidade de cultivar suas principais competências para não somente se adaptar aos novos tempos, mas também se antecipar às mudanças

Reprodução Internet
Reprodução Internet
Competitive Strategy: Techniques Analyzing Industries and Competitors (1980), de Michael E. Porter
Estratégia Competitiva – Técnicas para Análise de Indústrias e da Concorrência

Por três décadas, este livro de Michael Porter tem sido o ponto de partida para os administradores que querem maximizar o lucro de sua empresa em um mercado competitivo. O professor da Harvard Business School lista cinco forças competitivas básicas, que condensam e simplificam a complexidade da indústria e são tão relevantes hoje quanto em 1980. Com ferramentas passo a passo para ajudar os gestores a selecionar novas indústrias e a prever como o mercado evoluirá, Porter lista três fatores competitivos básicos: custo, diferenciação e foco
Emotional Intelligence (1995), de David Goleman
Inteligência Emocional

O que pode explicar o fato de algumas pessoas com alto QI não se darem bem, enquanto outras de QI mais modesto terem um desempenho surpreendentemente bom? Características como autocontrole, persistência e motivação são conhecidas como inteligência emocional. Sem elas, escreve Goleman, carreiras são comumente destruídas desnecessariamente. Há esperança, no entanto, “Temperamento não é destino”, ele diz. O autor explica que um maior QI emocional pode ser desenvolvido. Persuasivas, as idéias que o autor introduz se tornaram, desde então, meios para treinar o comportamento dos empregados e habilidades de administração
Reprodução Internet


Reprodução Internet

The E-Myth Revisited: Why Most Small Business Don’t Work and What to Do about it (1985), de Michael E. Gerber
O Mito do Empreendedor

O mito a que se refere este livro se refere é a comum – e normalmente desastrosa – presunção de que uma pessoa que se sobressai tecnicamente ao trabalhar em uma empresa irá chegar ao comando de seu próprio negócio. Gerber destrói o mito mostrando que, além de ser um técnico, um homem de negócios de sucesso precisa também ser um bom gerente e um empreendedor com visão de futuro para a companhia
The Essencial Drucker (2001), de Peter Drucker
O Essencial de Drucker

Com uma sólida carreira de quase 60 anos, Peter Drucker, falecido em 2005, praticamente inventou a teoria da administração. Por boa parte do século XX, ele foi o queridinho dos CEOs, aconselhando de Alfred Sloan, lendário ex-presidente da General Motors, a Andy Grove, ex-CEO da Intel. Consagrado por conseguir pensar à frente de seu tempo, com mais de 30 livros publicados, talvez o melhor seja começar com esta versão condensada para compreender o pensamento de Drucker, uma poderosa seleção feita por ele mesmo em 2001
Reprodução Internet


Reprodução Internet



The Fifth Discipline: The Art and Practice of the Learning Organization (1990), de Peter Senge
A Quinta Disciplina

Muitos manuais de gestão são feitos com base na análise de cases e de informações. A epifania para a criação deste livro surgiu durante uma manhã quando Peter meditava. Senge, que fundou o Center for Organizatinal Learning da Sloan School of Management, do MIT, baseou sua obra em cinco disciplinas, ou competências, que devem ser desenvolvidas pelas empresas. Mas o coração do livro é a quinta disciplina, batizada de pensamento sistemático, que envolve a análise do complexo sistema de relacionamentos, removendo os obstáculos para o aprendizado genuíno
First, Break All the Rules (1999), de Marcus Buckingham e Curt Coffman
Primeiro Quebre todas as Regras

Este livro encoraja os gestores a abandonar as técnicas para formar lideranças que pretendem ser úteis para todas as pessoas. Os consultores da Gallup Buckingham e Coffman fizeram mais de 80 mil entrevistas e descobriram que os melhores gestores são aqueles que escolhem as pessoas certas para o trabalho certo. Entre outras lições da obra estão o tratamento humano aos funcionários e a orientação para ressaltar os pontos fortes dos profissionais ao invés de suas fraquezas
Reprodução Internet
Reprodução Internet

The Goal (1984), de Eliyahu Goldratt
A Meta

O livro de Eliyahu Goldratt’s é atípico entre as obras de administração por pelo menos duas razões. Primeiro, Goldratt não era um titã da indústria, não lecionava em uma escola de negócios, nem atuava como consultor, mas sim como médico. Em segundo lugar, "A Meta" é um livro de ficção centrado no gestor Alex Rogo, que tem três meses para transformar uma planta industrial que não gera lucro em uma operação eficiente. Rogo usa os métodos socráticos para ajudar a melhorar seu casamento e depois para revolucionar a fábrica


Good to Great: Why Some Companies Make the Leap ... and Others Don’t (2001), de Jim Collins
Empresas Feitas para Vencer – Good to Great

Guerilla Marketing (1984), de Jay Conrad Levinson
Marketing de Guerilha

How to Win Friends and Influence People (1936), de Dale Carnegie
Como fazer Amigos e Influenciar Pessoas

The Human Side of Enterprise (1960), de Douglas McGregor
Gerenciando o Lado Humano da Empresa

The Innovator’s Dilemma (1997), de Clayton Christensen
O Dilema do Inovador

Leading Change (1996), de John P. Kotter
Liderando a Mudança

On Becoming a Leader (1989), de Warren Bennis

Out of the Crisis (1982), de Edwards Deming
Saia da Crise

My Years with General Motors (1964), de Alfred Sloan
Meus Anos com a General Motors

One Minute Manager (1982), de Kenneth Blanchard e Spencer Johnson
Gerente-Minuto

Reengineering the Corporation: A Manifesto for Business Revolution (1993), de James Champy e Michael Hammer
Reengenharia – Revolucionando a empresa em função dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças da gerência

The 7 Habits of Highly Effective People (1989), de Stephen R. Covey
Os Sete Hábitos das Pessoas altamente Eficazes

The Six Sigma Way: How GE, Motorola and other Top Companies are Honing Their Performance (2000), de Peter S. Pande, Robert P. Neuman e Roland R. Cavanagh
Estratégia Seis Sigma

Toyota Production System (1988), de Taiichi Ohno
Sistema Toyota de Produção

Who Moved My Cheese? (1998), de Spencer Johnson
Quem Mexeu no meu Queijo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário