segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Televisão: como montar um centro de mídia

Por Camilo Rocha

No terceiro especial de compras do Homem-Objeto, o foco é o entretenimento doméstico

No terceiro especial de compras do Homem-Objeto, o blog de testes no Link, o foco é o entretenimento doméstico. Quando se fala em som e imagem para a casa, é muito fácil se perder em meio à profusão de siglas, formatos e possibilidades de cruzamento de produtos. Nossas dicas propõem resolver qual a melhor solução para você.

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Comece encarando que a TV não é mais só “uma TV”. A tela que fica na sala ou no quarto se transformou no receptor de uma porção de fontes de conteúdo. Podem ser pen drives, HDs externos, media centers com Wi-Fi, discos de Blu-ray, internet, locadoras online e smartphones. Você pode até assistir à TV aberta, se quiser.

A oferta ilimitada de conteúdo vem por meio de fios e entradas identificadas por uma variedade de siglas (veja glossário ao lado). Mas, como convém à era Wi-Fi, cada vez mais não há necessidade de fio nenhum para a transferência de fotos, áudio e vídeo.

Aliás, com a chegada das smartTVs, aparelhos que convergem TV com internet, em tese, não haveria necessidade de mais nada. Do mesmo jeito que é impossível imaginar uma TV que não seja de tela plana nos dias de hoje, em breve não conseguiremos pensar em televisor que não seja também conectado à web.

Todos os principais fabricantes oferecem já versões smart de suas TVs, ou seja, que também se conectam à internet. Assim como com seus parentes telefônicos, os smartphones, já existe um bocado de aplicativos pensados para as smartTVs (principalmente, para filmes e programas, além de apps para entrar em redes sociais).

Com um aparelho assim, pode parecer que você não precisaria mais de Blu-ray ou DVD, pois os filmes seriam baixados para a TV, comprados de sites especializados, via aplicativos ou recebidos por meio de streaming em serviços como Netflix.

Mas não tão rápido. Qualquer coisa que dependa de conexão está sujeita às limitações de velocidade de banda. Filmes da web e de serviços sob demanda também não possuem áudio 5.1, o que prejudica a experiência para quem tem um home theater. E ainda há um detalhe importante a ficar de olho nas smartTVs: muitas não vem com navegador, e o “acesso à internet” é feito por apps específicos.

Outra dúvida é em relação ao tipo de tela: plasma, LCD e LED. Seguindo o calendário das evoluções tecnológicas, o melhor seria optar pelos televisores de LED, sistema de iluminação nas telas de LCD (sim, toda TV de LED é também de LCD) que possibilitou a produção de aparelhos ainda mais finos. Por essa lógica, a TV de plasma (que ainda é o nome dado por muita gente para qualquer tela plana) já é quase um dinossauro.

Mas não é bem assim. Apesar de marcas como a Sony terem parado de fabricá-las e existir menos opções nas lojas, o fato é que as TVs de plasma estão ressurgindo. Elas ganham na qualidade de imagem, especialmente no contraste mais acentuado. Com isso, também se saem melhor na imagem 3D, um fator que deve ser levado em conta graças ao número cada vez maior de modelos com esse recurso.

E afinal chegamos ao recurso sendo oferecido a torto e a direito pelos fabricantes. O efeito 3D é uma questão de gosto. Alguns se deliciam, outros ficam com dor de cabeça. É certo que muitos filmes ganham com essa tecnologia. Mas, quando nos vemos diante de modelos de televisão com uma função que converte toda e qualquer imagem de 2D para 3D, é o caso de se perguntar: para quê? Afinal, quem curte sempre associar sua experiência televisiva ao uso de um óculos de plástico desconfortável?

Projetor + blu-ray Wi-Fi

Combo Projetor Epson Powerlite S10 (R$ 1.999) + Blu-ray Samsung BD-D6500 Wi-Fi (R$ 899)
Pró Configuração fácil de ser transportada e montada em qualquer lugar
Contra O uso do projetor depende de um ambiente escuro

Smart TV com browser

Combo Smart TV LG LW570 Full HD 47 polegadas (R$ 3.667)
Pró Menos fios e trabalho na hora de montar. E é um aparelho só
Contra Rapidez e qualidade de imagem estão condicionados a uma boa conexão

TV + media player

Combo TV Samsung LED UN40D5003 40 polegadas (R$ 1.709) + media player D-Link Boxee Box (R$ 599)
Pró Opção mais flexível, player é portátil e pode ser usado em outros aparelhos
Contra Não há tanto conteúdo disponível em streaming ainda

Smart TV + home theater blu-ray

Combo Smart TV LG 55 polegadas LED 3D (R$ 3.999) + home theater Sony BDV-E880 Blu-ray (R$ 1.899)
Pró Pacote completo (3D, internet, Blu-ray, áudio 5.1)
Contra Usuário é atraído a ficar tempo demais dentro de casa

BLU-RAY VALE A PENA?

Que a qualidade de imagem e áudio do Blu-ray é superior é indiscutível. Mas o atrativo extra agora é que existem aparelhos com preços bem mais baixos. Lembre-se, porém, que é inútil assistir a filmes Blu-ray em uma televisão que não seja Full HD ou 1080p. Um home theater também acompanha bem.

TELA VS SALA

Telas de 60 polegadas impressionam na loja, mas elas não servem em salas pequenas. Meça a distância entre sofá e o local da TV. Se a tela é de 32 polegadas, recomenda-se 2,5 metros de distância para apreciar a imagem. Para uma TV de 65 polegadas, recomenda-se 5 metros. O 3D também exige distância mínima.

NA PAREDE

Muitos consumidores estão optando por dispensar telas e monitores da configuração e usando um projetor. Com ele, você pode variar o tamanho da tela, basta ter uma boa superfície. Sem falar na portabilidade. Entre os vários modelos disponíveis, há alternativas com 3D, Full HD e Wi-Fi.

5.1 COMPACTO

Com parafernálias de home theater cada vez mais suntuosas, como fica quem não tem espaço para simular o tal “cinema em casa”? Uma boa saída são os recém-lançados soundbars ou surroundbars, sistemas compactos de amplificação de som que simulam o 5.1 do home theater.

VOLTA DO PLASMA

O foco pode estar nas TVs com LEDs, sistema de iluminação que possibilitou TVs de LCD mais finas (toda TV LED é uma LCD). Mas as TVs de plasma estão ressurgindo graças à qualidade de sua imagem 3D. O contraste é superior e agora elas gastam menos energia, o que costumava ser uma desvantagem.

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